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Mãe de brasileiro na Indonésia ficou mais de um dia sem contato com o filho

postado em 27/10/2010 10:27
Brasília - A família de Fábio Junqueira Karkow, brasileiro que estava em uma das ilhas indonésias atingidas pelo tsunami na última segunda-feira, chegou a ficar mais de 24 horas sem notícias do rapaz. O relato é da mãe de Fábio, Marisa Junqueira, que conversou com ele na madrugada desta quarta (27/10) por telefone.

Em entrevista, ela contou que a ligação durou cerca de cinco minutos ; tempo suficiente para que Fábio pudesse explicar à família como havia sobrevivido às ondas de até 3 metros de altura.[SAIBAMAIS]

;Eles (turistas com quem Fábio viajava) conseguiram se salvar, mas não receberam aviso nenhum. Só ouviram o barulho da água se aproximando e deixaram tudo para trás. Ele ficou só com a roupa do corpo;, relatou. Segundo Marisa, a parte inferior do resort onde o brasileiro estava hospedado foi completamente tomada pelas águas. Ninguém do grupo se feriu.

Fábio tem 46 anos e mora em Imbituba (SC), onde trabalha como clínico-geral. A cidade é conhecida por sediar campeonatos de surfe, uma das paixões do brasileiro, segundo a mãe. Foi exatamente para surfar na costa da Indonésia que ele deixou o Brasil, há cerca de um mês. A volta estava prevista para a próxima sexta-feira.

A Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, informou que o brasileiro deve ser transferido para lá amanhã e que os documentos para o retorno já estão sendo providenciados. A previsão é que ele chegue a São Paulo na noite da próxima sexta-feira. O destino final do rapaz é Florianópolis (SC).

A família já havia sido contactada pela embaixada mas, para a mãe, somente o telefonema do filho trouxe um pouco mais de tranquilidade. ;Está todo mundo feliz com a notícia. Fomos dormir menos apreensivos porque, pelo menos, sabemos que ele está em um barco. Estamos aliviados;, afirmou.

O tsunami provocado por um terremoto de 7,7 graus de magnitude e a erupção do Vulcão Merapi, ambos na Indonésia, já mataram pelo menos 179 pessoas. Mais de 400 seguem desaparecidas.

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