Agência France-Presse
postado em 28/10/2010 14:21
Caracas - O presidente da associação patronal venezuelana Fedecámaras, cuja ex-presidente foi ferida a tiros, e outros três diretores do organismo foram atacados e permaneceram sequestrados por várias horas na noite dess quarta-feira (27/10), informou a emissora Globovisión."Vínhamos chegando à sede da Fedecámaras de um jantar, quando uma caminhonete nos ultrapassou a toda velocidade por um lado. Quando freamos, começaram a disparar sem dizer nada. Três tiros atingiram a ex-presidente (da patronal) Albis Muñoz", contou Noel Álvarez, presidente da associação, pelo telefone à Globovisión.
"Depois, nos tiraram do carro e começaram a nos bater. Ficamos dando voltas por Caracas durante duas horas e depois nos soltaram".
Muñoz, que levou dois tiros no peito e um no braço, foi abandonada pelos agressores "perto de um hospital", segundo Álvarez. O estado de saúde é estável.
"Se isso é uma tentativa de nos amedrontar, não vamos nos deixar intimidar. Eu quero pedir às autoridades que iniciem uma investigação para saber o que aconteceu", destacou Noel Álvarez.
"Disseram que foi um crime comum, e o governo tem a responsabilidade de protegar todos os cidadãos", destacou o presidente da Fedecámaras, feroz crítico do presidente Hugo Chávez.
De acordo com dados extraoficiais, cinco pessoas são sequestradas por dia na Venezuela, país que em 2009 registrou o assustador recorde de mais de 19 mil mortes violentas no ano.