postado em 28/10/2010 19:32
Cinco presidentes sul-americanos já estão em Buenos Aires acompanhando o velório do ex-presidente Néstor Kirchner, no Salão dos Patriotas Sul-Americanos da Casa Rosada, sede do governo. O primeiro a chegar foi o presidente boliviano Evo Morales, segundo informações da Telam, agência oficial de notícias da Argentina.Ainda no parque militar do Aeroporto Jorge Newberry, que atende aos voos regionais da Argentina, Morales disse que tinha muitas lembranças de Kirchner, a quem qualificou de "defensor da dignidade de toda a América Latina". O presidente boliviano lembrou que viveu momentos políticos difíceis em seu país e, nessas ocasiões, "o companheiro Kirchner estava comigo. Espero que ele continue assim".
[SAIBAMAIS]Morales lembrou que, em 2005, durante uma reunião de presidentes sul-americanos na cidade argentina de Mar del Plata, Kirchner encabeçou "o repúdio ao plano dos Estados Unidos de criar um acordo comercial no continente, o que acabou levando a defenestrar de uma vez por todas a Área de Livre Comércio das Américas [Alca]".
O presidente do Equador, Rafael Correa, manifestou pesar pela morte de Kirchner e afirmou, segundo a Telam, que o "melhor que podemos fazer pela Argentina e pela América, neste momento, é continuar lutando por esta pátria grande". Definindo Kirchner como um "imenso latino-americano", Correa solidarizou-se com o luto dos argentinos. ;Foi-se um grande patriota e um querido amigo".
O presidente uruguaio, José Mujica, destacou que chegava à Argentina acompanhado de senadores governistas e de oposição para mostrar que "o Uruguai é solidário com a Argentina neste momento". Segundo Mujica, "o Rio da Prata, que nos separa, é também o que nos une".
Sebástian Piñera, presidente do Chile, afirmou que a morte de Kirchner foi "uma grande perda para a Argentina e para o continente", lembrando que o ex-presidente também tinha sob seu comando a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Piñera destacou que estava na Argentina acompanhado do presidente do Senado chileno, Jorge Pizarro, para demonstrar a solidariedade do povo de seu país.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, lamentou a morte de Kirchner, não apenas do ponto de vista pessoal. Disse que teve uma relação muito particular com o ex-presidente argentino. Mesmo tendo convivido muito pouco com Kirchner, os pontos de vista do líder argentino sobre uma série de fatos e situações fizeram com que se tornassem amigos. Santos destacou que Kirchner estava fazendo um trabalho construtivo na Unasul e, por isso, seu desaparecimento é ainda mais lamentável.