postado em 29/10/2010 09:42
Brasília - O chefe do Conselho de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, confirmou nesta sexta-feira (29/10) que no próximo dia 10 serão retomadas as negociações com a comunidade internacional em torno do programa nuclear iraniano. Em novembro, ainda sem definição de local, as autoridades do Irã e do chamado P5 1 ; formado pelos Estados Unidos, pela Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Alemanha. As conversas estão suspensas há um ano.Jalili disse ter recebido uma correspondência da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, informando sobre a disposição de retomar as negociações no dia 10 de novembro. Segundo ele, o local onde ocorrerá a reunião será definido por acordo entre o Irã e os integrantes do P5 1. As informações são da rede estatal iraniana de televisão, a PressTV, e e da agência de notícias do governo, a Irna.
Antes da correspondência de Catherine Ashton, Jalili disse ter enviado carta à União Europeia ; em 6 de julho de 2010 ; impondo as condições do governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Segundo ele, todos os negociadores devem se comprometer com as determinações do Tratado de Não Proliferação Nuclear e do direito à tecnologia pacífica.
O governo iraniano exige ainda esclarecimentos sobre o programa nuclear de Israel. Para Jalili, a política nuclear israelense não é clara nem segue as orientações da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nas negociações com o P5 1, o Irã quer que a base das conversas seja o acordo nuclear, firmado em maio com o apoio do Brasil e da Turquia, definindo a troca de urânio enriquecido a 3,5% pelo produto enriquecido a 20%. Na ocasião, os países envolvidos nas discussões afirmaram que havia a necessidade de retomar alguns aspectos do texto.
Desde 9 de junho de 2010, o Irã está submetido a sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente por alguns países. As restrições afetam, sobretudo, o comércio e as relações econômicas do Irã com a comunidade internacional. As medidas foram definidas porque há suspeitas de que no programa nuclear iraniano ocorra a produção de armas atômicas. As autoridades do país negam.