Agência France-Presse
postado em 01/11/2010 10:39
WASHINGTON - Dois anos depois de uma eleição triunfal, o presidente Barack Obama deve sofrer o primeiro grande revés nas legislativas desta terça-feira nos Estados Unidos. Às vésperas das eleições, inclusive, o governo dos Estados Unidos anunciou a aguardada primeira estimativa de crescimento econômico do país no terceiro trimestre, que foi de 2,0%.
[SAIBAMAIS]
Após a divulgação da cifra, Obama pediu unidade aos republicanos- que, segundo as pesquisas de opinião, obteriam a maioria da Câmara de Representantes nas eleições legislativas - para restaurar a economia.
Mas, diante dos republicanos unidos nos protestos e com a ala ultraconservadora do "Tea Party" em alta, o Partido Democrata do presidente se prepara para, no mínimo, perder a maioria na Câmara dos Representantes.
Depois de 2 de novembro, Obama deverá deixar de lado as ambições de reforma ou buscar compromissos com os republicanos sobre temas como mudança climática, imigração ou educação.
Os democratas também devem perder alguns governos estaduais e cadeiras de senadores, mas, segundo as pesquisas, devem permanecer com a maioria na Câmara Alta.
Na última sexta-feira, enquanto se preparava para o último esforço para convencer os eleitores indecisos, o presidente teve de assumir o papel de comandante-em-chefe após a descoberta de pacotes com explosivos em aviões procedentes do Iêmen e com destino aos Estados Unidos. Os alvos dos eventuais ataques eram sinagogas de Chicago.
Reagindo com firmeza, Obama qualificou o alerta como "uma ameaça terrorista" e afirmou que os Estados Unidos estão decididos a "destruir a Al-Qaeda no Iêmen".
Mas, ao contrário do que aconteceu em 2008, quando Obama provocou o entusiasmo especialmente dos jovens eleitores, o nome do presidente não figura este ano nas cédulas de voto. Tradicionalmente, a primeira votação de meio de mandato de um presidente recentemente eleito representam uma derrota para seu partido.