Agência France-Presse
postado em 02/11/2010 21:23
MÉXICO - A legalização da maconha, que poderia ser aprovada esta terça-feira (2/11) na Califórnia, mediante consulta popular, não reduziria a violência dos cartéis da droga no México, mas ao contrário, geraria maiores estímulos econômicos, advertiu o governo mexicano."Legalizar a maconha, particularmente quando se faz ao nível local ou de forma unilateral ou isolada no contexto internacional não diminuirá a violência no México", afirmou, esta terça-feira, o porta-voz do governo para assuntos de segurança nacional, Alejandro Poiré, em mensagem à imprensa.
Esta medida, ao contrário, "gera maiores estímulos econômicos para os criminosos" porque ampliaria o mercado do maior país consumidor de drogas do mundo, advertiu o porta-voz.
Os eleitores da Califórnia decidem, esta terça-feira, pela legalização do cultivo, o comércio e o consumo de maconha em seu distrito, o mais populoso dos Estados Unidos.
O governo mexicano se pronunciou, junto com o da Colômbia e os dos países centro-americanos, contra a legalização da canabis na Califórnia.
Esta terça-feira, Poiré reiterou que, se aprovada ou não a iniciativa popular, manterão "o combate às organizações criminosas com determinação".
Mais de 28.000 pessoas morreram no México desde que Felipe Calderón lançou, ao assumir a presidência, no fim de 2006, um combate militar antidrogas, a maior parte em crimes atribuídos a disputas entre cartéis.
"Hoje podemos afirmar que os delinquentes não transformarão seu comportamento, intrinsicamente violento e orientado ao controle territorial, porque uma de suas atividades criminosas deixa de ser proibida", disse Poiré.