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Número de mortos por nova erupção do Merapi na Indonésia já é 77

Agência France-Presse
postado em 05/11/2010 01:42

JACARTA - Uma nova erupção do vulcão Merapi, na ilha indonésia de Java, matou 69 pessoas, incluindo diversas crianças, informaram fontes médicas nesta sexta-feira. "Ao menos 77 pessoas morreram e mais de 100 sofreram graves queimaduras", revelaram fontes de segurança.Milhares de pessoas que tiveram de deixar suas casas se abrigam em estádio no distrito de Sleman

Entre os mortos há crianças do povoado de Argomulyo, atingido por nuvens ardentes a 18 km da cratera. A nova erupção levou as autoridades a ampliar a zona de evacuação de 15 para 20 km em torno da cratera, revelaram os socorristas.

A erupção, que começou à 0h40 (15h40 Brasília de quinta), é a mais forte desde o dia 26 de outubro, quando teve início o atual ciclo eruptivo do Merapi, o vulcão mais ativo da Indonésia, situado em meio a uma região densamente povoada do centro da ilha de Java.

"A explosão foi ouvida a 20 km de distância. Decidimos ampliar a zona de risco para 20 km. Os habitantes devem sair rapidamente", disse Surono, um especialista em vulcões. "Os fluxos piroclásticos desceram pelas encostas do vulcão até uma distância de 13 km".Cinzas do Merapi cobrem aldeia na região central dea ilha de Java


Com as 54 mortes desta sexta-feira, o número total de mortes provocadas pelo Merapi chega a 120, sendo 36 na primeira erupção, em 26 de outubro. Ao menos 100 mil pessoas já foram evacuadas, a maioria para abrigos montados pelo governo, o que tem criado importantes problemas de logística e higiene. Diversos abrigos estão "superlotados", revelou Widi Sutiko, que coordena os trabalhos de socorro.

O ministério indonésio dos Transportes pediu nesta quinta-feira que os pilotos respeitem uma zona de exclusão aérea de ao menos 12 km em torno do vulcão. Várias companhias anularam voos nos últimos dias.

O Merapi ou "Montanha de Fogo", que entra em erupção a cada quatro ou cinco anos, já teve cerca de 70 erupções desde meados do século XVI, algumas devastadoras, como a de 1930 (1.400 mortos) e a de 1994 (60 mortos).

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