Agência France-Presse
postado em 06/11/2010 14:10
Washington - Os serviços de Inteligência receberam pelo menos cinco alertas sobre contatos com extremistas paquistaneses mantidos por um americano, cujo papel foi chave nos violentos ataques de novembro de 2008 em Mumbai, informou neste sábado (6/11) o jornal The Washington Post.Apesar das advertências, repetidas durante um período de cerca de sete anos, as autoridades americanas não chegaram a interrogar o americano em questão, David Coleman Headley, nem o colocaram numa lista para ser vigiado, acrescenta o jornal,q ue cita uma investigação em andamento.
David Headley declarou-se em março passado culpado de terrorismo ante um tribunal de Chicago por seu papel na preparação dos atentados de Mumbai em 2008 e de uma tentativa de atacar o jornal que publicou as charges do Profeta Maomé na Dinamarca.
A matéria foi feita pelo Washington Post em colaboração com a ProPublica, um grupo independente de jornalismo investigativo, que no mês passado revelou que uma das esposas de Headley alertou o FBI, em agosto de 2005, que seu marido havia recebido treinamento intensivo com o grupo extremista Lashkar-e-Taiba, com base no Paquistão.
Também alertou que seu marido era "militante ativo" do grupo suspeito dos atentados de Mumbai.
Entre 26 e 29 de novembro de 2008, dez homens armados atacaram vários alvos públicos em Mumbai, inclusive dois hoteis de luxo, com um saldo de 166 mortos e 308 feridos.