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E visita à Ásia, Barack Obama jura proteção à aliada Coreia do Sul

Presidente discursa em Seul, avisa que os EUA "não hesitarão"em agir para garantir a segurança do país e pede a Pyongyang que elimine programa nuclear

postado em 12/11/2010 10:07
Em Seul para participar da cúpula do G-20, que reúne os países mais industrializados do mundo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não perdeu a oportunidade de lançar mais um alerta à vizinha Coreia do Norte. Ao discursar para centenas de militares norte-americanos na base de Yongsan Garrison, Obama afirmou que Washington jamais hesitará em tomar ações para garantir a segurança da Coreia do Sul. Segundo ele, se Pyongyang insistir em obter armas nucleares, consequentemente se isolará do resto do mundo. Essa é a primeira visita de Obama à região depois do incidente com a corveta sul-coreana Cheonan, que afundou no Mar Amarelo, matando 46 pessoas, em março. O regime do norte é acusado por Seul de ter lançado o torpedo que teria causado o naufrágio.

Barack Obama cumprimenta soldados durante o Dia dos Veteranos, na base de Yongsan Garrison: alerta sobre isolamento da Coreia do Norte;Que Pyongyang não se engane: os Estados Unidos jamais hesitarão em relação ao seu compromisso de garantir a defesa da República da Coreia;, declarou, acrescentando que a ;aliança entre as duas nações nunca esteve tão forte;. ;E, como o restante do mundo, afirmamos claramente que a vontade da Coreia do Norte de se dotar de armas nucleares só levará a seu isolamento;, ressaltou. Em outro momento do dia, depois de uma reunião com o colega sul-coreano, Lee Myung-bak, Obama voltou a se dirigir a Pyongyang para pedir que responda ;às preocupações da Coreia do Sul; e cesse seu ;comportamento beligerante;. ;A Coreia do Norte precisa cumprir suas obrigações de eliminar seu programa de armas nucleares. Só cumprindo suas responsabilidades ; e não ameaçando outros ; irá encontrar respeito e segurança reais;, completou, em coletiva de imprensa ao lado de Lee.

No entanto, Obama disse que seu governo está disposto a oferecer assistência econômica a Pyongyang e a ajudar o país a se integrar à comunidade internacional. Para que isso ocorra, o governo sul-coreano só precisaria ;cumprir com suas obrigações;. Lee disse que uma atitude responsável por parte do vizinho em relação ao incidente com a corveta seria o ponto de partida para a melhoria nas relações com o país.

Diálogo frustrado
Depois do naufrágio da embarcação Cheonan, o Comando das Nações Unidas ; órgão encarregado de supervisionar o armistício firmado após a Guerra da Coreia ; e Pyongyang iniciaram conversas sobre o incidente. No fim de outubro, o diálogo entre coronéis foi suspenso. Enquanto a meta do Comando era determinar se o naufrágio violou o armistício, o regime de Kim Jong-il insistia em enviar uma equipe ao Sul para revisar a investigação internacional.

Antes de Obama chegar a Seul, políticos da oposição nos EUA já haviam exigido que o presidente fosse duro com Pyongyang. ;Em vez de continuar a estratégia fracassada de envolver o regime norte-coreano em uma negociação sem fim, Obama deve aumentar a pressão sobre Pyongyang;, disse a deputada Ileana Ros-Lehtinen, da Flórida. A republicana, que deverá ser a presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, exortou Obama a convencer chefes de Estado a pedir a ;novas e eficazes sanções; da ONU contra Pyongyang.

Surpresa no refeitório
Os 200 militares americanos que servem na base de Ramstein, na Alemanha, tiveram uma surpresa ao chegar ao refeitório para o almoço de ontem. No Dia do Veterano, quem serviu os soldados foi a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, que fez uma escala no país quando retornava a Washington de sua viagem à Indonésia com o marido. Michelle serviu bife aos militares, que desfrutaram ainda de um cardápio com purê de batata, ervilhas, milho cozido e pão de alho. ;Estamos muito gratos a todos vocês. Não apenas aos nossos militares, mas aos seus filhos, mulheres, maridos e pais;, discursou a carismática primeira-dama.

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