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Farc lamentam morte de Néstor Kirchner

Agência France-Presse
postado em 12/11/2010 16:06
Bogotá - A guerrilha colombiana das Farc expressou os pêsames à presidente da Argentina, Cristina Férnandez, pela morte do marido Néstor e agradeceu a "preocupação pela paz na Colômbia", em comunicado divulgado nesta sexta-feira (12/11) na internet.

"À sua Excelência, à família Kirchner, nossa solidariedade e pêsames pelo falecimento do ex-presidente Néstor Kirchner. Partilhamos do sentimento do povo argentino seguidor das bandeiras sociais", disseram os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Partiu um latino-americano ilustre. Um homem que batalhou audaciosamente pela consolidação de um organismo multilateral independente do poder de Washington", acrescentou o texto assinado pelo Secretário do Estado-Maior Central das Farc (cúpula desta guerrilha).

As Farc destacaram que "sempre agradeceremos sua preocupação humana pela paz na Colômbia, sua participação nos processos de libertação de prisioneiros de guerra (reféns civis e uniformizados) neste conflito social e armado que vive o país, e pela eficiência de sua diplomacia serena para restabelecer a concórdia entre nações irmãs".

Néstor Kirchner esteve na Colômbia no fim de dezembro de 2007 para participar de uma operação de libertação de duas reféns das Farc, as políticas Clara Rojas e Consuelo González, que fracassou.

No comunicado, que data de 30 de outubro, três dias depois da morte súbita do ex-mandatário argentino (2003-2007) que trabalhava como secretário da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), as Farc renovaram o pedido para participar desse foro de debates.

"Aproveitamos a oportunidade para reiterar à Unasul os pontos de vista expostos na carta que mandamos em agosto passado", pontuou a guerrilha, que havia pedido para ser ouvida sobre a visão do conflito colombiano.

As Farc, com 46 anos de luta armada contra o Estado colombiano, é a principal guerrilha que opera no país, com uma estimativa atual de sete mil combatentes, segundo o ministro da Defesa, Rodrigo Rivera.

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