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Nobel da Paz Suu Kyi é libertada após sete anos de prisão domiciliar

Agência France-Presse
postado em 13/11/2010 11:01
A opositora Aung San Suu Kyi, símbolo da luta pela democracia na Birmânia, ou Mianmar (nome dado ao país pela junta militar que o governa), foi libertada neste sábado após mais de sete anos consecutivos de prisão domiciliar, informou à AFP um funcionário do governo que preferiu não ter o nome divulgado.

Sua mais recente condenação terminava neste sábado, menos de uma semana depois das primeiras eleições organizadas no país em duas décadas, e que foram consideradas uma farsa pelo Ocidente.

A "Dama de Yangun", Prêmio Nobel da Paz, odiada pelo general Than Shwe, à frente do governo militar, estava presa desde 2003. Passou 15 dos últimos 21 anos encarcerada, detida em diferentes ocasiões.

Neste sábado, representantes oficiais ingressaram em sua casa, na rua da Universidade, em torno das 17h00 locais (08h30 de Brasília), para ler a ordem de libertação.

"Agora está livre", afirmou um funcionário sem se identificar.

[SAIBAMAIS]A AFP constatou a presença de 2.000 pessoas nas imediações da casa de Suu Kyi que, desde maio de 2003 não podia circular livremente.

Sua libertação estava prevista, inicialmente, para maio de 2009, mas um americano conseguiu chegar a nado até sua casa em Yangun, que fica à beira de um lago. Como resultado disso, a junta militar impôs à dissidente mais 18 meses de prisão domiciliar.

A verdade é que, em sete anos, o país mudou. Os cyber-cafés se multiplicaram, os jovens birmaneses agora passeiam conversando ao celular e a paisagem de Yangun se enche de edifícios cada vez mais altos.

A dissidente, sem telefone ou acesso à internet há sete anos, já deu a entender seu desejo de "twittar" com jovens de todo o mundo.

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