Agência France-Presse
postado em 15/11/2010 13:48
Londres - A Somália é o país com mais risco de sofrer "atentados terroristas", após superar pela primeira vez Paquistão, Iraque e Afeganistão, enquanto a Colômbia ocupa o sexto lugar, segundo o novo "Índice de Risco Terrorista" (TRI) publicado nesta segunda-feira (15/11), em Londres.Na quarta posição em 2009, a Somália chegou ao primeiro lugar neste ano após registrar 566 ataques terroristas, que deixaram um total de 1.437 mortos entre junho de 2009 e junho de 2010, informou a empresa especializada Maplecroft, que elabora anualmente este ranking, em função da frequência e da intensidade dos atentados, assim como dos antecedentes de cada país.
Logo atrás aparecem Paquistão, Iraque e Afeganistão, todos eles no grupo de 16 países incluídos na categoria de "risco extremo", na qual também está a Colômbia, em sexto lugar.
Iêmen, que sobe 13 posições, entra pela primeira vez nesta categoria com um total de 109 atentados, após um "aumento muito significativo do número de incidentes terroristas no país" no período estudado.
"A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) suscita um alarme crescente entre os serviços de inteligência ocidentais, na medida em que o grupo planeja mais atentados no exterior", afirmou a Maplecroft em um comunicado.
A ramificação da Al-Qaeda no Iêmen reivindicou recentemente o envio dos artefatos explosivos procedentes do Iêmen e com destino aos Estados Unidos, interceptados no fim de outubro em aeroportos de Dubai e do Reino Unido.
A Grécia, que nos últimos anos precisou enfrentar uma onda de violência protagonizada por grupos radicais que se autoproclamam guerrilhas urbanas, passa da 57; para a 24; posição, e supera pela primeira vez a Espanha (27;) como primeiro representante europeu desta lista de 196 países.
Ambos localizam-se no grupo de "alto risco", ao lado de países como Irã (17;), Nigéria (19;), Geórgia (21;) e Quênia (26;).
Potências como Estados Unidos (33;), França (44;) e Reino Unido (47%) integram a categoria seguinte, a de "risco médio", na qual aparecem também diversos países latino-americanos: Chile (30;), Honduras (31;), Peru (35;), Venezuela (37;), Equador (40;) e Paraguai (46%).
Bolívia (59;), Panamá (63;), Brasil (64;), Guatemala (76;), Argentina (88;), México (96;), El Salvador (113;), Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Nicarágua e Uruguai (todas em 117;) são considerados países de "baixo risco", segundo a Maplecroft.