Agência France-Presse
postado em 15/11/2010 14:33
O incêndio em um prédio residencial de Xangai nesta segunda-feira matou 42 pessoas e deixou mais de 90 feridos, informou a agência de notícias estatal Xinhua, citando as autoridades locais.O balanço anterior desta catástrofe revelava oito mortos.
Ao que parece, o fogo começou, por motivos desconhecidos, em andaimes instalados no prédio para obras de reforma. Gigantescas chamas se propagaram por toda a estrutura do prédio.
O edifício residencial, que abrigava 156 famílias, principalmente professores, alguns deles aposentados, segundo a agência chinesa, encontra-se no bairro comercial e densamente povoado de Jingan.
Várias pessoas pularam das janelas do prédio para fugir das chamas e outras tentaram descer pelos andaimes, informou a Xinhua.
Ao menos 90 pessoas ficaram feridas e dezenas foram hospitalizadas, segundo a Xinhua.
O incêndio gerou uma impressionante fumaça negra no centro da metrópole de Xangai (20 milhões de habitantes), segundo imagens transmitidas pela televisão, nas quais também eram vistos moradores do edifício correndo pelas ruas, ainda sob o impacto e com o rosto enegrecido pela fumaça.
Os bombeiros, que chegaram com cerca de 60 veículos, lutaram contra as chamas até o início da noite.
Às 18H00 local (08H00 de Brasília), quatro horas depois do início do incêndio, já haviam conseguido apagar as chamas nos 20 andares inferiores do edifício, segundo o site oficial EastDay.com.
Li Xiuyun, uma sobrevivente de 61 anos, explicou à AFP que havia fugido pelas escadas junto com sua família desde o 16; andar.
"Havia uma fumaça espessa e vidros quebrados por toda parte. Meu filho tirou suas meias e as umedeceu. Tapamos o nariz. Caminhei sobre gente caída", declarou.
Zhang, uma mulher que vivia no último andar, explicou à Xinhua que conseguiu escapar pela saída de emergência junto com vários vizinhos.
Três helicópteros sobrevoaram a torre para tentar salvar as pessoas que se refugiaram no telhado, mas as operações foram dificultadas pela espessa fumaça que subia do edifício.
Pouco depois da meia-noite, os socorristas seguiam buscando sobreviventes no grande edifício carbonizado.
Para a cidade de Xangai, a mais moderna e cosmopolita da China, este incêndio, com seu grave balanço de vítimas, representa uma grande catástrofe.
Xangai acaba de acolher, sem nenhum acidente durante seis meses, a Exposição Universal, que atraiu um número recorde de visitantes (mais de 73 milhões), antes de fechar suas portas no dia 31 de outubro.