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Protestos no Haiti contra expansão da cólera deixa feridos

Agência France-Presse
postado em 15/11/2010 18:59
Várias pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira após violentos protestos no norte do Haiti contra o governo e a ONU por sua "lentidão em lidar" com a expansão de cólera no país, indicaram testemunhas no local e funcionários do organismo.

"Centenas de pessoas saíram às ruas para protestar contra a missão da ONU no local e pela lentidão do governo em lidar com a expansão da cólera nesta cidade", afirmou um jornalista local à AFP.

Os protestos começaram na cidade de Cap Haitien, no norte, a 274 km da capital, onde cerca de 100 pessoas morreram pelo surto de cólera nos últimos dias.

"Os capacetes azuis lançaram gás lacrimogêneo, e sabemos que algumas pessoas ficaram feridas, mas não sabemos como se feriram ou quais as circunstâncias", afirmou o porta-voz da ONU, Vicenzo Pugliese.

Segundo Yves Jasmin, diretor regional do ministério da Saúde do Haiti, ""pessoas feridas a bala foram levadas ao hospital Justinien de Cap Haitien". "Não sei exatamente quantos feridos há, nem seu estado".

"A situação é muito complexa, há muita violência na cidade. Estou sitiado e não posso chegar ao hospital", destacou Jasmin.

Um jornalista local disse à AFP que "milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a missão da ONU e contra a lentidão do governo para lidar com a epidemia de cólera".

"Escutamos disparos. Testemunhas viram gente atirando e feridos sendo levados ao hospital local", revelou o jornalista.

Menos de um mês após o aparecimento do primeiro surto de cólera no Haiti em meio século, o número de mortos é de 917.

Moradores locais culpam funcionários nepaleses da ONU pelo surto de cólera, afirmando que eles são portadores da doença, de veiculação hídrica.

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