Agência France-Presse
postado em 19/11/2010 10:53
Teerã - O Irã acusou Washington nesta sexta-feira (19/11) de ser "o maior violador dos direitos religiosos dos muçulmanos", após as críticas americanas ao governo iraquiano pelo tratamento dispensado às minorias religiosas do país."O governo americano manifesta sua preocupação sobre a situação dos falsos cultos fabricados pelos colonos ingleses e sionistas, enquanto (...) ele é o maior violador dos direitos religiosos dos muçulmanos", afirmou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, aludindo à comunidade Baha;i.
Esta comunidade segue os ensinamentos de Bahaullah, nascido no Irã em 1817.
A fé Baha;i é proibida na República Islâmica do Irã, onde seus membros são considerados hereges e "espiões" de Israel, já que sua sede mundial fica em Haifa.
Em um comunicado publicado pela agência oficial IRNA, Mehmanparast "desmentiu as alegações feitas pelo departamento de Estado americano" em seu relatório anual sobre a liberdade religiosa, publicado na quarta-feira.
O departamento de Estado afirma que "a retórica e as medidas tomadas pelo governo (iraniano) criam uma atmosfera ameaçadora para quase todos os grupos religiosos não xiitas, especialmente os Baha;i, assim como muçulmanos sufis, cristãos evangélicos e membros da comunidade judaica".