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Famílias de vítimas processam Chirac e Villepin por atentado no Paquistão

Agência France-Presse
postado em 19/11/2010 11:33
Paris - Parentes de vítimas francesas de um atentado em 2002 no Paquistão entraram com uma ação na justiça contra o ex-presidente Jacques Chirac e seu primeiro-ministro Dominique de Villepin por "colocar em perigo a vida do próximo" e "homicídio involuntário".

"Nossa demanda aponta para o caminho que levou até a decisão de acabar com as comissões e está dirigida contra Jacques Chirac, Dominique de Villepin, Michel Mazens e Dominique Castellan", anunciou o advogado das famílias, Olivier Morice.

O advogado fez referência às comissões na época legais que a França pagou ao Paquistão para obter em 1994 um milionário contrato pela venda de três submarinos "Agosta" a este país.

Mazens era na época o presidente da SOFRESA (empresa francesa exportadora de armas) e Dominique Castellan presidia o braço internacional da Direção Francesa de Construções Navais (DCN).

As famílias tomaram a decisão depois que o ex-presidente da SOFRESA revelou na quinta-feira ao juiz Renaud Van Ruymbeke que um diretor da DCN mencionou a ele o "risco para os funcionários" no caso do fim das comissões.

As declarações interessam às famílias dos 11 franceses mortos no atentado de 8 de maio de 2002 em Karachi, segunda maior cidade do Paquistão. O ataque matou outras três pessoas.

Uma das hipóteses da justiça francesa, que investiga o atentado há mais de um ano, é que a interrupção dos pagamentos provovou represálias paquistanesas, ou seja, o atentado.

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