Agência France-Presse
postado em 21/11/2010 13:05
O Vaticano ressaltou neste domingo (21/11) o "caráter excepcional" do uso da camisinha nas declarações feitas pelo Papa Bento XVI e insistiu que o uso do preservativo é justificado apenas "em alguns casos" e não constitui uma solução ao problema.O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, declarou que o pontífice falou a respeito de uma "situação excepcional" quando disse em uma entrevista que o uso da camisinha é aceitável para a Igreja Católica em "certos casos".
"O Papa considerou uma situação excepcional na qual o exercício da sexualidade é um perigo real para a vida do outro", afirma Lombardi em um comunicado.
A nota destaca que para os casos excepcionais "o Papa não justifica o exercício desordenado da sexualidade, e sim considera o uso do preservativo para diminuir o perigo de contágio como ;um primeiro ato de responsabildade;".
Em um livro que será lançado na terça-feira na Alemanha e na Itália, o Papa Bento XVI, 83 anos, afirma que o uso de preservativos é aceitável "em certos casos", especialmente para reduzir o risco de infecção do HIV, mas insiste que não é a "verdadeira" maneira para combater a Aids, já que para ele é necessária uma "humanização da sexualidade".
O livro, que tem como título "Light of the World: The Pope, the Church and the Signs of the Times" (Luz do Mundo: O Papa, a Igreja e os Sinais do Tempo), é baseado em 20 horas de entrevistas conduzidas pelo jornalista alemão Peter Seewald.
Alguns capítulos do livro foram publicados neste domingo pelo jornal do Vaticano, L;Osservatore Romano.