Agência France-Presse
postado em 22/11/2010 12:41
Estocolmo - O site WikiLeaks anunciou nesta segunda-feira (22/11) que em breve divulgará uma documentação sete vezes mais volumosa que os 400 mil documentos confidenciais publicados recentemente sobre a guerra no Iraque. "Pressão intensa há vários meses. Ajuda a nos manter fortes", afirma o Wikileaks com seu estilo telegráfico. O anúncio acontece num momento em que o cofundador e redator-chefe de Wikileaks, o australiano Julian Assange, é alvo de um mandato de prisão internacional lançado pela Suécia como parte de uma investigação por estupro e agressão sexual.
Depois que, em julho, o site publicou 77 mil documentos militares americanos confidenciais sobre a a guerra no Afeganistão, no mês passado o Wikileaks repetiu o feito em relação à guerra no Iraque, publicando 400 mil informes de incidentes, escritos de 2004 a 2009 por soldados americanos, em particular, sobre fatos de tortura.
O WikiLeaks, que virou inmigo jurado do Pentágono, não revela a origem dos vazamentos de documentos do Exército americano.
As suspeitas apontam para Bradley Manning, um especialista dos serviços secretos do Exército americano, detido em maio, depois que o Wikileaks difundiu um vídeo mostrando o ataque de um helicóptero americano em Bagdá, em 2007, que terminou com civis mortos.