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Equador diz desconhecer fim das operações da Petrobrás no país

Quito - O Equador ainda não foi notificado pela Petrobras sobre sua suposta decisão de se retirar do país, em meio a uma renegociação de contratos do governo com as multinacionais, indicou nesta terça-feira o ministro equatoriano de Recursos Naturais, Wilson Pástor.

"Não recebi nenhuma carta oficial da Petrobras até este momento", disse o ministro.


O prazo para as renegociações termina à meia-noite desta terça.

Mais cedo, um alto funcionário da Petrobras afirmara ao jornal Valor Econômico que a empresa pretende abandonar suas operações no Equador, por não aceitar os novos termos impostos pelo governo para os convênios.

"Seremos indenizados pelas áreas (de exploração), pelos investimentos não amortizados", explicou a fonte entrevistada pelo Valor, que não foi identificada.

Pástor, no entanto, mostrou-se otimista quanto a alcançar um entendimento com as petroleiras que operam no Equador.

"Uma negociação com uma meta de tempo é como uma corrida contra o relógio, na qual muitas coisas são definidas nos últimos 100 metros", estimou o ministro.

"Não me atrevo a dizer até as 16H00 (19H00 de Brasília) que todas as companhias vão assinar contratos, mas posso garantr que a maioria irá assinar".

O governo equatoriano apresentou às multinacionais um novo acordo de prestação de serviços, através do qual pagará os custos de produção e uma margem de utilização para ficar com todo o petróleo extraído, substituindo o atual convênio de participação que determina que 18% do óleo explorado pertence a Quito.

Se nenhum acordo for alcançado, a lei estabelece que a Secretaria de Hidrocarbonetos deve considerar os contratos terminados e liquidar os investimentos das multinacionais. De acordo com as autoridades, a estatal Petroamazonas assumiria as operações dos campos deixados.