Agência France-Presse
postado em 24/11/2010 13:07
Jerusalém - O gabinete de segurança israelense examinou nesta quarta-feira um possível aumento da tensão com o Hezbollah com a aproximação da data de entrega do relatório do Tribunal Especial para o Líbano (TSL). O tribunal é responsável por investigar o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri.Segundo fontes citadas pela rádio militar, o eventual indiciamento do movimento xiita libanês na morte de Rafic Hariri em 2006 pode provocar "vivas tensões" entre Israel e o Líbano.
Segundo a rádio, as fonte acreditam que o Hezbollah não deve iniciar provocações imediatas caso sua responsabilidade seja provada.
O comandante do Estado-Maior do Exército de Israel, general Gabi Ashkenazi, advertiu na semana passada, durante uma visita ao Canadá, que o Hezbollah poderia tentar um golpe de Estado no Líbano se o TSL atribuísse ao movimento a morte de Hariri.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou "cortar a mão" de quem prender integrantes do movimento como parte da investigação do tribunal internacional.
Mais poderoso movimento militar no Líbano, o Hezbollah acusa o TSL, que tem mandato da ONU para investigar o assassinato de Rafic Hariri, de ser "politizado" e atuar "a serviço de Israel".
Segundo o canal público canadense CBC, os investigadores da ONU e um oficial libanês descobriram provas envolvendo o Hezbollah no assassinato de Hariri.
Em 2006, Israel iniciou uma guerra contra o Hezbollah, que matou 1.200 libaneses, em sua maioria civis. Também morreram 160 israelenses, sobretudo militares.