Agência France-Presse
postado em 25/11/2010 14:30
O Bank of Ireland, o segundo da Irlanda, iniciou na noite de quarta-feira, em Dublin, a venda de sua prestigiada coleção de arte que reúne duas mil obras, abrindo uma polêmica.No total, 144 dos 145 quadros e esculturas colocados à venda resultaram em 1,5 milhão de euros, precisou a Casa de leilões Adam;s. A peça mais cara, "Clouds at Sunset", de Paul Henry, foi vendida por 66.000 euros.
O evento atraiu "mais de 4.000 visitantes", precisou a Adam;s. O interesse foi tamanho que o leilão precisou ser deslocado para um local mais espaçoso: o salão de baile de um famoso hotel do centro de Dublin.
O Estado foi obrigado a ajudar os bancos irlandeses com 50 bilhões de euros, após sua quase falência, devido à explosão de uma bolha imobiliária. Mas isto não foi suficiente e Dublin precisou apelar nesta semana à União Europeia e ao Fundo Monetário International (FMI), que colocaram em prática um amplo plano de ajuda de 85 bilhões de euros.
O Bank of Ireland, que era, outrora, o orgulho do antigo "tigre céltico", possui, hoje, 36% em poder do Estado.
"A coleção deveria ter sido preservada, como garantia do dinheiro dado pelos contribuintes", estima Breda O;Byrne, 67 anos, em nome das pessoas que vieram se manifestar na noite de quarta-feira contra a venda.