Agência France-Presse
postado em 26/11/2010 11:25
Mumbai - A Índia criticou nesta sexta-feira Islamabad por não ter condenado ainda os autores dos atentados de Mumbai, no segundo aniversário do ataque do comando islamita oriundo do Paquistão que terminou com a morte de 166 pessoas.Os membros do Parlamento fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos 10 homens armados que sitiaram a capital econômica durante 60 horas entre 26 e 29 de novembro de 2008.
Um hotel de luxo, a estação ferroviária, um centro religioso judeu e um bar turístico foram os objetivos do comando.
O ministro indiano das Relações Exteriores, S.M. Krishna, pediu ao Paquistão que lute contra os grupos terroristas em seu território e atue para que os autores do ataque sejam condenados.
"Uma vez mais, peço ao Paquistão que desmantele a máquina terrorista operando impunemente nos territórios sob seu controle e que ponha rapidamente à disposição da justiça os autores do atentado de Mumbai", declarou Krishna.
Nova Délhi e Washington acusam o grupo islamita baseado no Paquistão, o Laskhar-e-Taiba (LET), de ser responsável pelos atentados, classificados pela imprensa indiana como o "11 de setembro da Índia".
Em uma cerimônia realizada em Mumbai, o ministro do Interior, P. Chidambaram, disse que o Paquistão não respeitou a promessa de julgar os autores dos ataques.
Nove islamitas do comando foram mortos pelas forças de segurança e o único sobrevivente, Mohamed Ajmal Kasab, foi condenado à morte por um tribunal especial de Mumbai em maio passado. O condenado apresentou uma apelação.
Outros sete suspeitos, entre eles o suposto cérebro do ataque, Zakiur Rehman Lakhvi, e o militante do LET Zarar Shah estão sendo julgados no Paquistão, mas nenhum deles foi condenado.
A polícia e as forças de segurança que combateram o comando desfilaram nesta sexta pelas ruas de Mumbai, além de inaugurar um memorial em homenagem a seus colegas mortos.
Na noite de quinta-feira, houve uma vigília nos locais dos ataques, onde foram acesas velas. Uma cerimônia ecumênica deve ser realizada diante da Porta da Índia, um monumento frente ao mar, por onde, em 26 de novembro de 2008, o comando chegou.