O Parlamento uruguaio ratificou nesta terça-feira o Tratado Constitutivo da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que desta forma completa a quantidade de adesões necessárias para que o tratado regional entre formalmente em vigor.
O Senado foi a favor do projeto de lei com 20 de 26 votos, e aprovou o tratado assinado em Brasília em 2008 com o apoio de toda a bancada governista Frente Ampla e de um setor do opositor Partido Nacional (PN).
O opositor Partido Colorado (PC) não acompanhou a iniciativa, questionando o procedimento pelo qual foi votado, explicou à AFP o senador governista Carlos Baráibar.
O tratado foi aprovado na quinta-feira passada na Câmara de Deputados, um dia antes da cúpula da Unasul em Georgetown, Guiana, e ingressou neste mesmo dia no Senado para ser votado de forma "grave e urgente", sem que fosse estudado pela comissão legislativa correspondente.
Baráibar destacou que "é um tratado a favor da integração política, social e econômica da América do Sul", que "já teve efeitos positivos em alguns conflitos na região como Venezuela-Colômbia ou Equador e Bolívia, nos quais demonstrou ser um cooperador político ágil".
Além disso, "há projetos de ordem econômica, de infraestrutura, de produção de energia, educativos, que estão se formando e demonstrando que é um instrumento que hoje tem vento a favor na América Latina e é preciso aproveitá-lo a favor dos melhores interesses dos povos".
O projeto de ratificação passou agora ao Poder Executivo para sua promulgação. Com a aprovação do Uruguai, a Unasul completa as nove ratificações necessárias para dar existência jurídica ao bloco, algo que aumentará a legitimidade desta organização multilateral e facilitará diversas tarefas.