Agência France-Presse
postado em 01/12/2010 17:10
México - Nunca tantos chefes do tráfico de drogas foram "capturados" no México como no atual governo, que está no poder desde dezembro de 2006, afirmou nesta quarta-feira (1/12) o presidente Felipe Calderón, cuja estratégia antidrogas é criticada pela oposição."Foi sob esta administração que capturamos o maior número de chefes de organizações criminosas, em todos os níveis das estruturas marginais e financeiras, assassinos ou vendedores", continuou Calderón em um discurso, fazendo o balanço de quatro anos de gestão do país.
A "guerra dos cartéis" entre as facções de traficantes pelo controle do narcotráfico nunca foi também tão mortífera como agora, com a chegada de Calderón à presidência: 28 mil mortos desde dezembro 2006, um número recorde que aumenta a cada ano.
Ao contrário dos antecessores, que preferiam fazer vista grossa às atividades dos cartéis, Calderón elevou a luta contra "o crime organizado" como prioridade nacional, posicionando 50 mil militares para reforçar a polícia.
As críticas contra essa estratégia incisiva foram muitas, na oposição e na sociedade civil, que denunciam os abusos cometidos pelo exército contra a população; destacam que os cartéis continuam a aterrorizar regiões inteiras.
O presidente não deu números precisos, mas o Ministério do Interior havia divulgado em setembro uma lista contendo os nomes de 125 "chefões" e mais de cinco mil capangas presos.