Agência France-Presse
postado em 02/12/2010 12:39
Buenos Aires - O sequestro de mulheres com fins de prostituição teve um crescimento alarmante na Argentina, onde nos últimos 18 meses desapareceram cerca de 700, entre elas várias de outros países, anunciou a ONG La Casa del Encuentro, que elaborou a única estatística disponível sobre o tráfico sexual de mulheres.Os dados foram recolhidos com base em testemunho de mulheres que conseguiram escapar, ou foram libertadas pela forças de segurança, e de familiares das vítimas.
Os dados mostram que a Argentina é o país de origem, trânsito e destino no tráfico de mulheres operado por três máfias internacionais, do México, da Rússia e da China, com conexões locais.
As mulheres são levadas pelas redes por meio de sequestro ou de ofertas profissionais enganosas.
O mapa do tráfico de mulheres na Argentina revela vários corredores que coincidem com estradas de importante fluxo de pessoas e mercadorias, como a "rota da soja", que atravessa o nordeste e se conecta com o Brasil e o Paraguai, e a "rota do petróleo", na Patagônia.
O tráfico de mulheres com fins de prostituição é um negócio que movimenta 32 bilhões de dólares anuais no mundo e envolve cerca de quatro milhões de mulheres por ano, segundo as Nações Unidas.