Londres - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta sexta-feira (3/12) que está tomando medidas de segurança devido às ameaças contra sua vida, em uma conversa com leitores no site do jornal britânico The Guardian.
"As ameaças são de domínio público. No entanto, estamos tomando as precauções apropriadas até o limite do que podemos, afinal estamos envolvidos com uma superpotência (EUA)", respondeu o australiano de 39 anos ao ser questionado se ele temia por sua segurança.[SAIBAMAIS]
Assange - que, segundo informações da imprensa, pode estar no Reino Unido - é alvo de uma ordem de prisão emitida pela justiça sueca por um suposto caso de estupro, o que originou nesta semana uma notificação vermelha da Interpol.
No entanto, especula-se que a ordem de prisão por estupro mascara o verdadeiro motivo pela perseguição, que seria a divulgação de documentos secretos que envolvem autoridades de diversos países. No último domingo, o australiano publicou 250 mil mensagens diplomáticas americanas. O vazamento provocou a ira dos Estados Unidos e gerou reações no planeta.
Em resposta aos internautas, Assange também criticou a postura do governo australiano. "Sou cidadão australiano, sinto falta do meu país. No entanto, o primeiro-ministro e o procurador-geral deixaram claro que o meu retorno é impossível e que vão reforçar os ataques dos EUA contra mim", afirmou. "Isso levanta a questão: ;o que significa ser um cidadão australiano?;", concluiu.