postado em 05/12/2010 18:06
O pior incêndio florestal da história de Israel, que matou 41 pessoas e devastou o parque nacional do monte Carmel, foi declarado sob controle neste domingo, após 76 horas de combate, graças ao apoio de um esquadrão internacional e ao reforço do maior avião-tanque do mundo."O incêndio está sob controle. Já não há mais focos importantes. É preciso concluir os trabalhos para evitar que fogo volte", explicou o chefe dos bombeiros, Shimon Romah.
Durante uma entrevista com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que supervisou pessoalmente as operações, o ministro da Segurança Pública, Yitzhak Aharonovitch, informou que os aviões anti-incêndios tinha como tarefa principal "resfriar o terreno".
Netanyahu decidiu não pedir mais aviões suplementares à comunidade internacional, seguindo o conselho de dirigentes que afirmaram que "a frota aérea mobilizada em Israel já era suficiente para completar a tarefa", declarou à AFP o porta-voz do premier, Mark Regev.
Cerca de 30 aviões e helicópteros colaboravam neste domingo no combate ao fogo que provocou uma catástrofe ecológica, destruindo 5 mil hectares e cinco milhões de árvores no maciço do monte Carmel.
Israel teve que alugar, junto a uma companhia aeronáutica americana, os serviços do maior avião-tanque de combate a incêndio do mundo, como complemento ao aparato estrangeiro que já estava no local.
O Supertanker, que pode voar a noite, começou no fim da manhã a liberar seus 76 mil litros de água e produtos retardantes de fogo.
"Trinta e cinco aeronaves operaram hoje, 24 estrangeiras", contando 11 aviões de combate a incêndio e três helicópteros, segundo um comunicado oficial. No total, mais de 400 voos foram realizados desde o início do incêndio na quinta-feira, de acordo com a mesma fonte.
Como símbolo da solidariedade internacional, 20 bombeiros palestinos chegaram neste domingo com três caminhões de bombeiro e um veículo de logística para participar das operações.
O ministro da Segurança Pública espera "terminar tudo nas próximas horas".
O otimismo é alimentado pelas previsões meteorológicas anunciando chuva na região na noite deste domingo ou na segunda-feira.
Habitantes de zonas consideradas como fora de perigo foram autorizados a voltar para suas casas e quase todas as estradas foram reabertas.
O incêndio custou a vida de 41 pessoas: 37 guardas de prisão que viajavam num ônibus que ficou cercado pelas chamas, dois oficiais da polícia, um bombeiro e um jovem voluntário de 16 anos.
Dois irmãos, adolescentes da vila drusa árabe israelense de Isfiya, no monte Carmel, foram colocadas sob custódia por suspeita de terem provocado "por negligência" o incêndio, ao deixar uma fogueira acesa em uma clareira depois de fazer um piquenique.