Agência France-Presse
postado em 06/12/2010 12:57
Oslo - Uma pessoa próxima à família do dissidente chinês Liu Xiaobo, homenageado com o Prêmio Nobel da Paz 2010, criticou a ausência da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, na cerimônia de entrega, denunciando sua "desistência" frente às pressões de Pequim."A decisão de Pillay é uma clara e inequívoca desistência de suas responsabilidades de Alta Comissária que - creio eu - deriva de uma pressão direta do governo chinês", afirmou Yang Jianli, dissidente chinês exiliado nos Estados Unidos, em uma carta aberta recebida pela AFP.
Jianli, que passou cinco anos encarcerado em seu país, estará presente na próxima sexta-feira em Oslo para participar da cerimônia de entrega do prêmio e representar Liu Xia, esposa de Liu Xiaobo.
"É ainda mais preocupante que isso aconteça depois de um encontro do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o presidente chinês Hu Jintao, quando recusou-se a discutir o caso de Liu Xiaobo", criticou Jianli.