Agência France-Presse
postado em 09/12/2010 09:33
Seul - O dirigente norte-coreano, Kim Jong-Il, e um alto dirigente chinês chegaram a um acordo nesta quinta-feira em relação à situação na península coreana, ao término de um encontro em Pyongyang. A reunião foi a primeira entre os dois aliados desde o bombardeio pela Coreia do Norte contra uma ilha sul-coreana.[SAIBAMAIS]O mais alto dirigente chinês em termos de política externa, o conselheiro de Estado Dai Bingguo viajou a Pyongyang, num momento em que aumentam as pressões sobre a China para chegar a um consenso com seu vizinho e aliado comunista.
"As duas partes chegaram um acordo quanto a suas relações bilaterais e a situação na península coreana, ao final de conversas sinceras e profundas", indicou a agência Nova China.
De acordo com a agência oficial norte-coreana KCNA, as duas delegações trataram de temas de interesses mútuos e se comprometeram em melhorar ainda mais suas relações amistosas.
É a primeira vez que Kim Jong Il se reúne com um alto dirigente chinês desde 23 de novembro, data do bombardeio da ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que causou a morte de quatro pessoas e gerou uma condenação internacional.
A China, único aliado de peso de Pyongyang, é a única grande potência que se absteve de condenar o regime norte-coreano. Os outros países expressaram sua impaciência em relação à atitude chinesa.
O almirante americano Mike Mullen, chefe do Estado-Maior conjunto, em visita a Tóquio, afirmou nesta quinta que "a Ásia do nordeste hoje é mais instável do que tem sido nos últimos 50 amos".
"A maior parte desta instabilidade se deve ao comportamento perigoso do regime norte-coreano, apoiado por seus amigos na China", acrescentou.