Agência France-Presse
postado em 09/12/2010 15:54
Milão (Itália) - Calisto Tanzi, fundador e ex-proprietário do grupo italiano Parmalat, cuja falência em 2003 deixou um buraco de 14 bilhões de euros, foi condenado nesta quinta-feira (9/12) por um tribunal de Parma (norte) a 18 anos de prisão, anunciaram os meios de comunicação locais.A sentença foi pronunciada pela corte depois de mais de cinco horas de deliberações a portas fechadas.
A promotoria de Parma pediu uma pena de 20 anos de prisão para Tanzi, fundador do grupo alimentar italiano e considerado o "cérebro" da fraude que provocou a falência da maior multinacional italiana da alimentação.
Outras 16 pessoas foram julgadas por fraude, bancarrota e formação de quadrilha.
O caso Parmalat, considerado um dos maiores escândalos financeiros da Europa, explodiu em dezembro de 2003 depois da descoberta de um buraco contábil de mais de US$ 21 bilhões ao câmbio atual.
Parmalat, que foi declarada insolvente poucos dias depois, empregava então 36 mil pessoas em 30 países e tinha fábricas e investimentos em quase toda a América Latina, em particular no Brasil.