Agência France-Presse
postado em 10/12/2010 22:22
GENEBRA - Os refugiados que vivem em acampamentos desde o terremoto de 12 de janeiro que devastou parte do Haiti diminuíram em um terço nos últimos meses, anunciou esta sexta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM). "Quinhentas mil pessoas deslocadas já deixaram o país", explicou uma porta-voz da OIM, Jemini Pandya, em declarações à imprensa.De 1,5 milhão no verão, o número de deslocados caiu para um milhão no fim de novembro, acrescentou. Ela explicou que a tendência era maior nas localidades suburbanas, como Leogane, Petite Goave, Gressier, Grand Goave ou em Jacmel, onde a população dos acampamentos se dividiu em dois.
Muitos deslocados buscaram alternativas às barracas nas quais viviam até agora, por causa das recentes chuvas diluvianas que tornaram os refúgios insuportáveis.
Os boatos surgidos após a recente epidemia de cólera levou muitas pessoas para fora dos acampamentos, segundo a OIM.
Cem mil pessoas puderam ser realojadas em refúgios mais confortáveis, enquanto outros voltaram em casas consideradas reparáveis, acrescentou a organização em um comunicado. "Vemos, enfim, uma luz no fim do túnel para a população afetada pelo terremoto", disse o encarregado da missão da OIM no Haiti, Luca Dall;Oglio, citado no comunicado.
O terremoto de magnitude 7, que afetou em 12 de janeiro Porto Príncipe e região, deixou mais de 250.000 mortos, enquanto 1,9 milhão de haitianos, ou seja, 15% da população total do país, foram deslocados.