Agência France-Presse
postado em 12/12/2010 15:06
NOVA YORK - O Tribunal Penal Internacional e o presidente do Sudão, acusado de genocídio e crimes de lesa humanidade, prosseguirão seu jogo de gato e rato na próxima semana, mas o promotor do TPI afirma que Omar el-Bechir será detido.Não pode sair de seu país, declarou o promotor do TPI Luis Moreno Ocampo durante uma reunião, neste fim de semana, na sede da ONU.
"Quando sai, está acompanhado pela metade da Força Aérea, porque sabe que pode ser detido", declarou Ocampo à AFP. "Bechir será detido", afirmou.
O presidente sudanês irá na quarta-feira a uma cúpula na Zâmbia e em fevereiro viaja para o Senegal. Supõe-se que todos os países que assinaram o Tratado de Roma, que criou o TPI, devem detê-lo e entregá-lo ao tribunal para que seja julgado.
Bashir tem contra ele, desde 2009, uma ordem de prisão do TPI por crimes de guerra e de lesa humanidade em Darfur, região do oeste do Sudão. o TCI adicionou neste ano acusações de genocídio.
Até agora, o presidente desafiou a autoridade do TPI e deslocou-se sem ser incomodado para o Chade e o Quênia, embora estes países sejam membros do TPI. A União Africana também deu a ele seu apoio.