Agência France-Presse
postado em 15/12/2010 09:42
Atenas - A Grécia funcionava em câmera lenta nesta quarta-feira, sem transportes aéreos, marítimos ou ferroviários, devido a uma greve geral de 24 horas convocada para protestar contra as medidas de rigor econômico. Duas reformas do mercado de trabalho e das empresas públicas, votadas durante a noite, também são alvo de protestos.Pelo terceiro dia consecutivo, depois de várias paralisações dos transportes, Atenas viu-se bloqueada por gigantescos engarrafamentos. Ônibus, trens, bondes e o metrô não circulavam, e uma manifestação está marcada para o meio-dia no centro da cidade.
Com a adesão dos controladores de voo, o espaço aéreo grego permanece fechado desde terça-feira. O mesmo ocorreu nas marinas, onde todos os barcos estão parados devido à adesão de seus funcionários.
Os jornalistas gregos também participam da paralisação, que conta ainda com escolas, hospitais, bancos e grandes empresas públicas (DEKO).
O projeto de lei que gerou os protestos, exigido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê cortes de 10 a 25% nos salários superiores a 1.800 euros mensais nas DEKO e foi aprovado durante a noite por 156 votos a favor e 130, contra.