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Sindicatos espanhóis protestam contra reforma da aposentadoria

Agência France-Presse
postado em 18/12/2010 17:32
Os dois grandes sindicatos espanhóis, UGT e CCOO, convocaram este sábado cerca de quarenta manifestações em todo o país para protestar contra a futura reforma das pensões e o estabelecimento da idade legal para a aposentadoria aos 67 anos.

Com estas mobilizações, os sindicatos pretendem aumentar a pressão contra o governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero, que conclui uma reforma da aposentadoria cuja aprovação está prevista para o fim de janeiro.

"A mobilização continua" e "Não à aposentadoria aos 67 anos" foram alguns dos slogans exibidos pelos manifestantes contra o projeto de reforma.

Dezenas de milhares de pessoas, segundo a polícia, sobretudo militantes sindicais, participaram da manifestação celebrada na capital, Madri.

O líder do CCOO, Ignacio Fernández Toxo, advertiu o governo com ações mais duras, inclusive uma greve geral como a que foi realizada em 29 de setembro.

Aquela greve geral, a primeira desde que Zapatero chegou ao poder, em 2004, foi convocada como protesto contra a reforma do mercado de trabalho, que tinha como uma das principais medidas uma maior flexibilização do emprego.

"As próximas semanas são chaves para ver se haverá greve ou não", advertiu o líder do CCOO.

Na sexta-feira, em Bruxelas, Zapatero reafirmou a determinação de, no próximo 28 de janeiro, ser aprovada a reforma de aposentadoria e com isso, passando de 65 para 67 anos a idade para se aposentar, embora tenha assegurado que haverá um "amplo debate social" para explicar a reforma.

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