postado em 20/12/2010 08:00
A Coreia do Sul oficializou na noite deste domingo o aviso de que vai iniciar, hoje, manobras militares com disparos reais no Mar Amarelo, apesar das ameaças de represália de Pyongyang. Durante todo o dia de ontem, o Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve reunido em caráter emergencial, em Nova York, para procurar meios de diminuir a tensão que impera na península. A Coreia do Norte já emitiu um alerta para a artilharia ao longo da Costa Oeste, antecipando uma reação aos exercícios militares.Diplomatas que participaram da reunião na ONU afirmaram que o encontro foi marcado por um embate entre a China, aliada de Pyongyang, e os outros membros do conselho, que queriam condenar a Coreia do Norte. Na sessão, além da China, a Rússia ; país que convocou a reunião ; defendeu que Seul cancelasse as manobras. Já os aliados da Coreia do Sul, entre eles os Estados Unidos, a Inglaterra, a França e o Japão, afirmaram que o país tem direito de fazer os exercícios.
[SAIBAMAIS]
Em uma tentativa de acalmar os dois países vizinhos, o ex-embaixador dos Estados Unidos na ONU Bill Richardson, que visita a península coreana, propôs ontem criação de um ;telefone vermelho; entre Coreia do Norte e Coreia do Sul para informar sobre possíveis incidentes na fronteira entre os dois países. O governador do estado do Novo México também propôs a criação de uma comissão de acompanhamento das zonas em litígo no Mar Amarelo integrada por representantes dos dois países.
Reunião dura
Richardson fez as declarações após um encontro com um alto oficial militar norte-coreano, Pak Rim Su, que comanda as tropas do país ao longo da fronteira com a Coreia do Sul. Ele qualificou a reunião de ;muito dura;, mas disse que permitiu ;alguns avanços;. O governador está capital norte-coreana desde quinta-feira para tentar acalmar a tensão na península. Algumas horas antes de propor a criação do telefone vermelho, ele divulgou um comunicado no qual pedia a Pyongyang ;máxima cautela; a respeito das manobras militares que Seul pretende realizar.
Seul anunciou na semana passada a intenção de executar exercícios de artilharia com munição real na ilha de Yeonpyeong, bombardeada no fim de novembro pela Coreia do Norte, o que matou quatro pessoas. O anúncio irritou a Coreia do Norte, que prometeu responder aos exercícios. ;Um segundo e um terceiro ataque de autodefesa, imprevisíveis, serão lançados caso o Sul concretize os exercícios com tiros reais que pretende executar;, advertiu o Exército norte-coreano, assim que o país vizinho anunciou as manobras. ;A intensidade e o alcance do poder de fogo serão mais sérios que os de 23 de novembro;, completou o comunicado do Exército norte-coreano.
Explosão mata 27
Vinte e sete pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas depois que um oleoduto da companhia estatal Petróleos Mexicanos (foto), em Texmelucan, no centro do México, explodiu. Segundo o secretário de governo do estado, Valentín Meneses, as vítimas ficaram carbonizadas. Oitenta e três casas tiveram danos parciais, e 32, totais. A explosão, ocorrida às 5h30 (horário local), ocorreu quando criminosos perfuraram os dutos, por brincadeira. ;As ruas começaram a inundar, veio uma faísca, eram rios de fogo que víamos nas ruas;, relatou Meneses. Nas Filipinas um incêndio também deixou vítimas fatais. Quinze pessoas morreram no hotel Bed and Breakfast, em Tuguegarao City, norte do país. O incêndio, de causas ainda desconhecidas, demorou quatro horas para ser debelado e teve início na madrugada de domingo.