postado em 27/12/2010 18:18
Jerusalém ; Os feriados do Natal e do réveillon deste ano devem levar cerca de 3,4 milhões de turistas para os locais sagrados em Jerusalém, Belém, Nazaré e outras cidades sagradas em Israel e na Cisjordânia, segundo o Ministério do Turismo israelense. De acordo com as autoridades israelenses, pelo menos 2,4 milhões dos turistas são cristãos. Belém, Nazaré e outras cidades sagradas para os cristãos estão sob poder dos palestinos."Não temos disputa alguma no que diz respeito aos peregrinos na Terra Santa porque isso é uma ponte para a paz", disse o vice-diretor-geral de Turismo israelense, Raphael Ben Hur, ressaltando os benefícios econômicos da cooperação com a Autoridade Nacional Palestina (ANP). ;Com todo o respeito aos políticos, eu preciso dizer que é muito difícil dividir a Terra Santa. Você não pode dizer a um hóspede ;venha para Jerusalém e não vá para Belém;."
Palestinos e israelenses travam uma guerra histórica que eleva a tensão na região e causa vítimas constantes. Por medida de segurança, Israel alega que os turistas que pretendem seguir para Belém devem ingressar na cidade sagrada por meio de Jerusalém ; que está sob controle de Israel. Há um posto de checagem israelense e um muro de separação de oito metros de altura que cerca a cidade.
"Há muitas questões que estão enraizadas no conflito político", disse o ministro do Turismo palestino, Khaloud Daibes. "A ocupação não pode ser embelezada. Israel ainda está monopolizando o turismo para seu próprio benefício e colocando muita pressão sobre o nosso lado."
Independentemente dos conflitos entre palestinos e israelenses, grupos de turistas puderam admirar as luzes de Natal na Praça da Manjedoura ; em Belém ; e enfrentaram longas filas para entrar na Igreja da Natividade. Para as autoridades palestinas, é fundamental conseguir que guias licenciados possam trabalhar em Israel. Segundo eles, o acordo está previsto em atos assinados por representantes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina.
Recentemente, um grupo de parlamentares israelenses propôs uma legislação que requer que grandes grupos de turismo visitem Jerusalém acompanhados por um guia com cidadania israelense. Eles alegam que os palestinos poderiam apresentar uma versão tendenciosa da história.