Os presidentes Boni Yayi, do Benin, e Ernest Koroma, da Serra Leoa, chegaram nesta terça-feira à Costa do Marfim, onde se encontrarão com o líder Laurent Gbagbo para alertá-lo dos riscos de uma ação militar caso continue recusando-se a deixar o poder.
O presidente Pedro Pires, de Cabo Verde, também participará da missão diplomática, designada para dar um ultimato a Gbagbo, que insiste em manter-se na presidência apesar da vitória de seu rival Alassane Ouattara no pleito do dia 28 de novembro.
Os três integram a missão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO). Os partidários de Ouattara, presidente proclamado da Costa do Marfim, não conseguiram muita adesão para a greve geral convocada na segunda-feira, que tinha como objetivo forçar a saída de Gbagbo. No entanto, eles conseguiram invadir a embaixada marfinense em Paris, símbolo de seus adversários.
Os três chefes de Estado da CEDEAO pedirão a Gbagbo que ceda a presidência a Ouattara, reconhecido como presidente por grande parte da comunidade internacional. O país está em crise desde as eleições de 28 de novembro, marcadas pela violência.Ontem, o subsecretário-geral de Operações de Paz das Nações Unidas, Alain Le Roy, também manifestou o seu apoio a Quattara.