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Cuba: governo confirma comutação de pena a último condenado à morte

Agência France-Presse
postado em 29/12/2010 15:28
Havana - O governo de Raúl Castro confirmou ter comutado a pena de morte por uma sentença de 30 anos de prisão ao opositor Humberto Real, último com esta condenação na ilha, o que havia sido anunciado por fontes da oposição cubana.

Após uma audiência da apelação, o Supremo Tribunal Popular "substituiu esta terça-feira a pena de morte por 30 anos de privação de liberdade" para Real "por crimes contra a segurança do Estado, assassinato e disparo de arma de fogo contra determinada pessoa", destacou o portal oficial Cubadebate.

"Ao tomar esta decisão, o Tribunal levou em conta um decreto oficial aprovado em 2008, mediante o qual "foi comutada a pena de morte a vários sancionados, assim como o arrependimento mostrado" por Real, de 40 anos, acrescentou o site digital (www.cubadebate.cu).

Ele destacou que na visita se ratificou que Real, condenado à pena máxima em 1996, fazia parte de um grupo armado do Partido Unidade Nacional Democrática (PUND) com base na Flórida, Estados Unidos, que se infiltrou em outubro de 1994 na área de Caibarién, centro-norte de Cuba, "e assassinou um cidadão" cubano.

A sentença do Supremo Tribunal foi anunciada na noite de terça-feira à imprensa pelo opositor Elizardo Sánchez, que a recebeu "como uma boa notícia", e familiares de Real que assistiram ao julgamento.

Em 2008, quando foi comutada a pena de morte para 30 condenados, ficaram em estudo os casos de Real e dos salvadorenhos Ernesto Cruz León e Otto René Rodríguez Llerena, condenados por atentados a bomba em hotéis de Havana e no balneário de Varadero em 1997.

No começo deste mês, o Supremo Tribunal revisou as apelações dos dois salvadorenhos e também comutou a pena de morte por 30 anos de prisão.

Cuba mantém uma moratória sobre a pena capital desde 2000, interrompida em 2003, quando fuzilou três sequestradores de uma embarcação com que pretendiam emigrar aos Estados Unidos.

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