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Após frio e festas, Reino Unido encontra dificuldades para administrar lixo

Agência France-Presse
postado em 04/01/2011 16:32
LONDRES - O frio e as festividades de final de ano representaram um coquetel explosivo para o recolhimento de lixo no Reino Unido e as ruas de algumas cidades estão há vários dias, em alguns casos até semanas, cheias de dejetos.

A neve e o frio que paralisaram os transportes em dezembro impediram os caminhões de manterem o recolhimento de lixo em algumas zonas de difícil acesso.

O Natal e o Ano Novo aumentaram o volume de detritos, com centenas de embalagens e resíduos das celebrações. A isso se somou uma sucessão de feriados, dias sem o recolhimento de lixo, nos dias 27 e 28 de dezembro e no dia 3 de janeiro.

Resultado: sacos acumulados em uma dezena de cidades e condados, além de cidadãos furiosos e preocupados com as consequências sanitárias e temerosos pelas invasões de ratos.

Em Birmingham (centro da Inglaterra), onde a situação piorou por causa de uma folga de lixeiros no dia 20 de dezembro, alguns bairros esperam os caminhões há quatro semanas.

As equipes de limpeza, reforçadas temporariamente com novos efetivos, trabalharam intensamente durante os três últimos dias e a prefeitura acredita que a situação estará resolvida "antes de sexta-feira".

As autoridades locais tratam de solucionar o problema o mais rapidamente possível, garantiu a associação de municípios. Muitos pediram que as equipes de limpeza trabalhassem segunda-feira, mesmo este dia sendo feriado.

Em Exter (sul), onde algumas pessoas acumulam lixo desde o dia 8 de dezembro, o retorno à normalidade está previsto para o dia 24 de janeiro, apesar da chegada de novas equipes.

O presidente do conselho municipal, Pete Edwards, considerou, no entanto, para a BBC, que não havia "nenhum problema importante" e explicou que o conselho não julgou necessário colocar os lixeiros para trabalhar durante o feriadão de Natal, sobretudo porque os lixões ficam fechados em dias festivos.

"A gente produz muito dejeto no Natal e é decepcionante que algumas comunidades não mostrem mais iniciativa para garantir aos cidadãos os serviços pelos quais eles pagam", declarou ao Daily Telegraph o secretário de Estado encarregado das Comunidades Locais, Bob Neill.

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