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Estados Unidos impõem sanções à Costa do Marfim

postado em 08/01/2011 15:07
O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou sanções financeiras à Costa do Marfim porque o atual presidente do país africano, Laurent Gbagbo, recusa-se a transferir o poder a Alassane Ouattara ; que venceu as eleições de novembro de 2010 por 54% dos votos.

A iniciativa norte-americana proíbe o governo e cidadãos dos Estados Unidos a fazer quaisquer transações comerciais e econômicas que envolvam integrantes do atual governo da Costa do Marfim. As informações são do Departamento de Estado norte-americano. Mas a decisão foi definida pelo Tesouro de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês). No documento, Gbagbo é chamado de ;ex-presidente;.

As proibições atingem Gbagbo, a primeira-dama e mulher dele, Simone Gbagbo, além de três conselheiros do atual governo. Os três conselheiros mencionados são Desire Tagro, Pascal Affi N;Guessan e Alcide Djedje Ilahiri.

Em nota, divulgada no site do Departamento de Estado norte-americano, há um resumo sobre a situação política na Costa do Marfim. ;Os resultados [das eleições de novembro] foram considerados confiáveis pelos observadores internacionais, que concluíram que as votações foram livres e justas;.


Apesar da certificação internacional sobre a validade do processo eleitoral na Costa do Marfim, Gbagbo se recusa a deixar o poder em favor de Ouattara ; que é o principal líder da oposição no país. Uma onda de violência domina o país. Pelos dados das Nações Unidas, 31 pessoas morreram em circunstâncias suspeitas apenas na última semana e há 17 casos de desaparecimentos.

Líderes políticos de entidades, como a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados do Oeste Africano, reconheceram a vitória de Ouattara. Os líderes africanos querem evitar a intervenção militar na Costa do Marfim, mas a medida não foi descartada.

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