Dos cerca de 40 milhões de sudaneses, 4 milhões registraram-se para votar. Nos últimos meses, a preocupação era manter a paz até a votação e também depois dela, caso o governo central não aceitasse a provável vitória dos separatistas do Sul. Para ser válida, a decisão precisa ser tomada por 60% dos eleitores inscritos.
O ex-presidente da Tanzânia Benjamin Mkapa, que coordena a missão de observadores estrangeiros no Sudão, disse que há esperança que o resultado do referendo seja acatado por todas as partes e acabe com o impasse que domina o país.
Desde 2005, forças de paz das Nações Unidas atuam no Sudão para evitar o agravamento da guerra civil que já fez cerca de 4,5 milhões de vítimas, entre as quais 1,5 milhão de mortos. Em um comunicado, na semana passada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou o tom de conciliação que há entre separatistas e o atual governo ; que defende a unidade do Sudão.
Metade da população do Sudão está abaixo da linha da pobreza, vivendo de agricultura de subsistência e de auxílio humanitário. Apesar disso, o país é apontado como rico na produção de petróleo, gás, ouro, prata, cobre e outros minérios. No entanto, é um dos mais pobres da África.
Desde 1997, o governo sudanês informa seguir as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI).