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Secretário de defesa americano deixa a China com direção ao Japão

Agência France-Presse
postado em 12/01/2011 10:55
Pequim - O secretário de Defesa americano, Robert Gates, partiu nesta quarta-feira (12/1) da China com destino ao Japão assegurando que a visita de quatro dias foi muito bem sucedida.

"Uma conclusão bela e apropriada do que considero uma visita muito bem sucedida", declarou Gates ao percorrer a seção de Mutianyu da Grande Muralha, antes de prosseguir viagem.

Mais cedo, ele visitou o comando do arsenal nuclear chinês nas proximidade de Pequim. O privilégio concedido a Gates de visitar o quartel-general do Segundo Corpo de Artilharia, onde se encontra o comando do arsenal nuclear chinês, foi interpretado como um sinal da vontade da china de mostrar maior transparência e de normalizar as relações militares bilaterais.

Essa visita, solicitada por Gates, contribuirá para reforçar "a confiança mútua e eliminar as incompreensões" entre os Estados Unidos e a China, estimou Guan Youfei, alto funcionário do ministériochinês da Defesa, citado pela imprensa oficial.

Foi a primeira visita de Gates à China desde 2007, quando ainda servia ao governo do presidente George W. Bush.

Chineses e americanos se mostraram empenhados em mostrar avanços nos laços militares, suspensos por Pequim em 2010 em represália à decisão dos Estados Unidos de vender bilhões de dólares em armas para Taiwan.

Durante a visita de Gates, um avião de combate apresentado como o primeiro bombardeiro furtivo chinês realizou o voo inaugural, segundo fotografias publicadas na terça-feira pela imprensa oficial, mas o presidente Hu Jintao aparentemente não foi informado a respeito.

Fotos do batismo do avião furtivo J-20, que confirma os rápidos progressos de sua concepção e desenvolvimento, mostraram o aparelho voando sobre a província de Sichuan (sudoeste).

"Parece claro que nenhum dos civis na sala foi informado do voo", comentou uma fonte americana, que não quis ser identificada, referindo-se ao local da entrevista que Gates manteve com o Hu Jintao, que é o chefe dos Exércitos.

A visita de Robert Gates à China simboliza "os novos avanços" nas relações militares EUA-China, limitou-se a declarar Hu Jintao, afirmando que a reunião com o chefe do Pentágono em Pequim permitiu que os dois países trocassem ideias "de maneira muito sincera".

Gates, por sua vez, transmitiu a Hu os cumprimentos do presidente Barack Obama, que o receberá em Washington no dia 19 de janeiro, e disse que os encontros com o presidente e com outras autoridades chinesas proporcionaram um avanço no sentido de "uma melhora a longo prazo" dos vínculos militares entre os dois países.

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