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Sarah Palin critica as acusações de violência contra o Tea Party

postado em 12/01/2011 15:57

Washington - A ex-candidata republicana à presidência americana Sarah Palin chamou nesta quarta-feira (12/1) de "libelo de sangue" as acusações segundo as quais o autor do massacre do Arizona teria agido com motivações políticas ao atacar a congressista democrata Gabrielle Giffords, quando matou seis pessoas e feriu outras 14. "Especialmente nas horas trágicas que se seguiram, jornalistas e especialistas não deveriam fabricar libelos de sangue que só servem para incitar ao ódio e à violência que pretendem condenar", afirmou a republicana em uma mensagem de vídeo difundida na internet.

Palin rejeitou as acusações liberais segundo as quais conservadores como ela atiçam um clima de ódio desenfreado que pode induzir pessoas transtornadas a cometer atos de loucura e violência. "Os crimes monstruosos começam e terminam com os criminosos que os cometem, e não de maneira coletiva com todos os cidadãos de um estado (...) nem com os cidadãos que exercem seus direitos de assistir comícios políticos", declarou ainda.

"É hora de restabelecer preceitos americanos segundo os quais cada indivíduo é responsável por seus atos", declarou Palin, possível candidata às eleições de 2012. A ex-governadora do Alasca esteve no centro de uma recente tempestade midiática sobre o impacto de recorrer a uma linguagem política incendiária.

Foi muito criticada por uma mensagem postada no Twitter durante os debates sobre a reforma do sistema de saúde, de que é opositora ferrenha. No texto, dizia: "Não recue, ao invés... RECARREGUE" Ela também foi condenada por postar na internet um mapa dos Estados Unidos onde os candidatos democratas que, segundo Palin, deveriam ser derrotados nas eleições estavam assinalados com o ícone de uma mira de revólver.

No início da semana, outros ativistas do "Tea Party" defenderam o movimento ultraconservador e sua líder, Palin, qualificando de escandalosa a acusação de que o massacre no Arizona teria relação com a retórica do grupo. Em mensagem na internet, o "Tea Party Express" se disse horrorizado com o ataque em Tucson.

"Não temos nada a ver com este caso terrível e trágico, mas seguiremos lutando com a mesma paixão por este país que amamos".

"Estas críticas refletem a vontade da esquerda americana de tratar de explorar politicamente o drama", afirmou o "Tea Party Express", que qualifica o jovem autor do massacre de "anarquista de extrema esquerda mentalmente perturbado". "Todos estes esquerdistas dos meios de comunicação e dos partidos políticos que acreditam que podem nos silenciar se enganam. Estamos a caminho de retomar o controle do nosso país pelas urnas, no espaço público e em paz", destacou a mensagem.

A congressista ferida, que se encontra internada em estado crítico, era alvo de violentas críticas do Tea Party, em especial por sua oposição a uma controversa lei sobre imigração e por seu apoio à reforma do sistema de saúde promovida pelo presidente Barack Obama.

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