postado em 18/01/2011 10:02
Brasília ; O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, acompanha com cautela as medidas de flexibilização anunciadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação aos cubanos. O pedido de alerta à população sobre a decisão norte-americana está publicado na primeira página do jornal oficial de Cuba, o Granma. Em um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo diz que as medidas são insuficientes e desconfia dos efeitos das propostas.Sob embargo econômico e comercial imposto pelos Estados Unidos desde 1962, Cuba passa por mudanças internas na tentativa de sobreviver apesar das limitações. Paralelamente, os interlocutores de Castro negociam o apoio da comunidade internacional para suspender as restrições.
As novas medidas foram anunciadas na última sexta-feira (14), em Washington. ;Em 14 de janeiro de 2011, o governo dos Estados Unidos anunciou novas medidas contra Cuba. Embora tenhamos que esperar a publicação dos regulamentos para entender seu verdadeiro significado;, diz o comunicado do ministério.
Para o governo cubano, as medidas são insuficientes e indicam o ;fracasso da política dos Estados Unidos em relação a Cuba;, como informou o comunicado oficial. ;Embora as medidas sejam positivas permanecem bem abaixo daquelas justas reivindicações e têm um alcance muito limitado e não muda a política norte-americana sobre Cuba;, diz o documento.
Em outro momento do comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz que: ;O anúncio da Casa Branca é limitado;. O documento acrescenta que ;as medidas confirmam que não há vontade de mudar a política de bloqueio e de desestabilização contra Cuba; e adverte que elas ;beneficiam apenas a determinadas categorias de americanos;.
As principais medidas consistem em autorizar viagens de norte-americanos a Cuba para atividades acadêmicas, educacionais, culturais e religiosas. Também estão permitidas as remessas de dinheiro de cidadãos cubanos, que vivem nos Estados Unidos, para aqueles que moram em Cuba ; mas em quantidades limitadas.
De acordo com o governo norte-americano, os aeroportos internacionais dos Estados Unidos podem autorizar a solicitação de permissão para operar voos diretos para Cuba ; desde que obedecidas ;certas condições;.