postado em 18/01/2011 15:35
Às vésperas de ser retomado o diálogo entre os representantes do governo iraniano e a comunidade internacional, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta terça-feira (18/1) que o programa nuclear desenvolvido no país progride apesar das sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e, unilateralmente, por vários países, como os Estados Unidos, o Canadá e o Japão.As informações são da rede estatal de televisão, a Press TV. "Hoje, o Irã faz progressos (no desenvolvimento) da energia nuclear (enquanto) eles (os integrantes da comunidade internacional) emitem resoluções", disse Ahmadinejad.
A partir da próxima sexta-feira, representantes do Irã e do grupo denominado P5%2b1 ; que é formado pelos Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Rússia, a China, a França e a Alemanha ; reúnem-se para discutir a questão nuclear iraniana. As reuniões ocorrerão até o próximo sábado, em Istambul, na Turquia.
O programa nuclear iraniano gera desconfiança e críticas por parte da comunidade internacional liderada pelos Estados Unidos. Segundo especialistas, o programa esconde a produção secreta de armas atômicas. Mas os iranianos negam e afirmam que o programa tem fins pacíficos.
No começo deste ano, o governo iraniano convidou diplomatas estrangeiros para visitas às instalações nucleares em funcionamento no país. Os convites foram feitos a representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), ao grupo chamado de Movimento dos Não Alinhados, ao G77, à Liga Árabe e aos embaixadores da Síria e da Venezuela.
De acordo com a agência iraniana, os estrangeiros conheceram de perto o reator de água pesada da região Arak e a instalação de enriquecimento da cidade de Natanz. Antes da visita, o comando da União Europeia levantou dúvidas sobre o objetivo dos convites.
Desde junho do ano passado, o Irã está submetido a uma série de sanções que atingem principalmente a economia e o comércio do país. A comunidade internacional pressiona para que o governo Ahmadinejad permita vistorias detalhadas, por parte de especialistas internacionais, às instalações nucleares no país.