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Agressor de chargista dinarmaquês de Maomé queria 'assustar, não matar'

postado em 19/01/2011 13:33
AARHUS - O somali de 29 anos julgado por ter tentado assassinar há um ano o chargista dinamarquês Kurt Westergaard, que irritou o mundo muçulmano ao desenhar caricaturas de Maomé, afirmou nesta quarta-feira (19/1) que tinha apenas a intenção de "assustá-lo, mas não de matá-lo", no primeiro dia de audiências de seu processo em Aarhus (centro).

"Eu estava com raiva e frustrado com suas declarações. Eu queria assustá-lo, mas não matá-lo", disse aos jurados em dinamarquês, com voz serena.

Mohamed Geele, cujo nome foi revelado pela primeira vez, é acusado de "tentativa de terrorismo, tentativa de assassinato e violência grave contra um policial no exercício de suas funções, assim como posse ilegal de armas", segundo a ata de acusação apresentada na audiência.

"Meu cliente reconhece apenas a posse de armas brancas e a invasão de propriedade alheia", declarou seu advogado, Niels Strauss.

Segundo os serviços de inteligência dinamarqueses, Mohamed Geele tem ligações com os islamitas somalias de Al Shebab e com líderes da rede Al-Qaeda na África Oriental.

Em 1; de janeiro de 2010, este somali que vivia em Copenhaguen entrou na casa de Westergaard armado com uma faca e um punhal, gritando que queria matá-lo porque ele havia "ofendido o profeta e os muçulmanos", contou o chargista à AFP.

Westergaard foi socorrido pela polícia, que acertou dois tiros em Geele.

Aos 75 anos, o artista dinamarquês foi ameaçado de morte várias vezes desde que o jornal Jyllands-Posten publicou, em 30 de setembro de 2005, uma sátira de sua autoria retratando Maomé vestido com um turbante em forma de bomba com a mecha acesa.

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