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Pelo menos 16 pessoas morrem em atentados suicidas no Iraque

Agência France-Presse
postado em 19/01/2011 14:46
O ataque mais violento aconteceu às 10h (5h de Brasília) no centro da capital provincial Baaquba, a 60 km de Bagdá, quando um terrorista ao volante de uma ambulância repleta de explosivos lançou o veículo contra a entrada principal de uma base das forças de segurança.

O alvo do atentado foi uma base da força reponsável pela proteção dos edifícios oficiais. O local do ataque foi isolado pelas tropas de segurança.

Uma hora e meia mais tarde, outro terrorista detonou um carro-bomba em meio a peregrinos xiitas na cidade de Ghalbiya, 20 km ao oeste de Baaquba.

O atentado deixou três mortos e 16 feridos, incluindo o vice-governador da província, Saadek al-Huseini, que estava no local para saudar os peregrinos que seguiam para as celebrações do Arbaine em Kerbala, 110 km ao sul de Bagdá.

Três seguranças do vice-governador também foram feridos.

O nível de violência no Iraque caiu consideravelmente em relação aos anos de 2006 ou 2007, mas os atentados continuam sendo praticamente diários no país.

Na véspera, 50 pessoas foram mortas e 150 ficaram feridas em Tikrit, ao norte de Bagdá, em um atentado suicida contra recrutas da polícia, o mais mortífero ataque no Iraque depois de quase três meses.

Este atentado, que não foi reivindicado, ilustra a dificuldade das forças iraquianas em garantir a segurança de seu país, a menos de um ano da retirada prevista do exército americano, que possui ainda 50 mil homens no Iraque.

Reunido em urgência, o conselho provincial decretou três dias de luto e decidiu formar uma comissão de investigação para identificar eventuais negligências no dispositivo de segurança ao redor do centro de recrutamento.

Trata-se do atentado mais mortífero desde o ataque em plena missa da Catedral Siríaca Católica de Badgá no dia 31 de outubro. Esta operação reivindicada pelo Estado Islâmico do Iraque, ramificação local da Al-Qaeda, matou 53 pessoas. Cinco membros do comando armado também morreram no ataque.

Este é o primeiro atentado em grande escala desde o início no dia 21 de dezembro do novo governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, que citou a segurança como uma de suas prioridades.

Mesmo que a violência tenha diminuído expressivamente nesses últimos meses, este atentado evidencia mais uma vez as dificuldades da polícia e do exército iraquianos em conduzir bem suas funções.

Desde o fim da missão de combate do exército americano no dia 31 de agosto de 2010, os iraquianos tiveram que assumir sozinhos as missões de segurança, mas continuam se beneficiando até o fim do ano da perícia das forças americanas.

Trata-se do maior balanço por apenas um ataque desde 17 de agosto, quando um camicase se explodiu nos arredores de um centro de recrutamento do exército em Bagdá, fazendo 59 mortos e mais de 125 feridos. O atentado foi reivindicado na época pelo braço iraquiano da Al Qaeda.

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