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Suspeito de vazar documentos ao WikiLeaks se queixa das condições da prisão

Agência France-Presse
postado em 21/01/2011 19:18
Washington - O soldado americano suspeito de ter facilitado o acesso a despachos diplomáticos dos Estados Unidos ao site WikiLeaks apresentou uma queixa contra as condições da detenção, isolamento e a vigilância constante dos guardas, anunciou o advogado na sexta-feira (21/1).

David Coombs, advogado de Bradley Manning, apresentou a queixa ao comandante da base militar de Quantico (Virgínia, leste) - onde está detido - a fim de que se realize uma investigação em virtude da lei marcial.

Coombs solicita que o cliente seja colocado em condições de encarceramento menos drásticas, que seja retirado da cela de isolamento e deixe de ficar sob "vigilância antissuicídio" e "vigilância para prevenir ferimentos".

Na queixa, apresentada na quarta-feira, mas cuja existência só ficou conhecida na sexta-feira por meio do blog de Coombs, o advogado explica que vários especialistas psiquiátricos recomendam que Manning não fique trancado em condições de segurança máxima.

Bradley Manning foi detido em julho de 2010 e é a única pessoa processada nos Estados Unidos por causa das revelações feitas no WikiLeaks, fundado pelo australiano Julian Assange.

Segundo o advogado, Manning deve permanecer na cela 23 horas por dia, não tem direito a lençóis ou travesseiro e um guarda pergunta sobre o estado de ânimo "a cada cinco minutos".

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