BOGOTÁ - O ministro colombiano da Defesa, Rodrigo Rivera, disse durante entrevista publicada neste domingo (23/1) que a Colômbia adquiriu experiência na luta contra o narcotráfico e que poderia ajudar outros países a combatê-lo desde que os Estados Unidos e outros países financiem esta ajuda.
"Não temos toda a liberdade de oferecer esta cooperação com recursos próprios e é aí que entra o novo papel de aliados como os Estados Unidos e outros países que possam financiar a ajuda (em segurança) que a Colômbia pode fornecer", disse Rivera ao jornal El Tiempo, de Bogotá.
Ele acrescentou que seu país "adquiriu muitas capacidades" no combate às drogas e à violência e o sequestro no âmbito do Plano Colômbia - que Washington financia desde 2000 e cujo orçamento é gradativamente reduzido por disposição da Casa Branca - e que atualmente Bogotá ajuda o México e outros 13 países, inclusive vários centro-americanos e do Caribe.
Esta ajuda "deve servir aos interesses da Colômbia na luta contra o crime transnacional e a um portfólio de capacidades que podemos oferecer em nível global", disse o funcionário.
Rivera destacou que Bogotá não "baixará a guarda" aos narcotraficantes, sequestradores e grupos violentos, apesar da diminuição da ajuda financeira direta americana ao Plano Colômbia, e que a polícia e as forças militares colombianas já estão preparadas para assumir os programas que Washington financiava.
Os Estados Unidos destinaram 465 milhões de dólares em ajuda militar e financeira para o Plano Colômbia no ano fiscal 2010-2011 contra os 540 milhões de dólares no período anterior, em meio a dificuldades orçamentárias enfrentadas pela Casa Branca, devido à crise financeira internacional.