postado em 24/01/2011 09:38
Brasília %u2013 O presidente da Bolívia, Evo Morales, cobrou, no domingo (23/1), dos novos e antigos ministros que se empenhem e demonstrem esforço nos cargos. A cobrança ocorreu no mesmo dia em que houve uma renúncia coletiva, mas dos 20 ministros apenas três foram substituídos %u2013 Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, além de Hidrocarbonetos e Energia.
"Todos nós temos família, mas nossa primeira família é a Bolívia. Por isso, devemos redobrar os nossos esforços, com força e saúde para servir aos interesses do povo", disse Morales. "Quando o povo nos dá um mandato, ele deve ser cumprido, ainda mais o de seguirmos com uma Bolívia com transparência."
As informações são da imprensa oficial, a Agência Boliviana de Informações (ABI). "Estar no governo requer um trabalho exigente e um ritmo constante", acrescentou o presidente.
As mudanças no governo Morales ocorrem no momento em que a gestão dele recebe uma série de cobranças da população boliviana. No final do ano passado, o presidente anunciou reajustes das tarifas de combustíveis. A medida foi mal recebida pela população e os empresários. Houve sinalização de alta generalizada dos preços.
Com isso, Morales se viu obrigado a recuar e adiar os reajustes. Paralelamente, os produtores rurais reclamam da falta de incentivos e das dificuldades. O presidente afirmou ontem que a equipe de governo deve trabalhar de %u201Cforma transparente%u201D e determinada a %u201Csuperar erros%u201D.
Morales reclamou das críticas externas que vem recebendo. %u201CEles alguns líderes estrangeiros tentaram, sem êxito, provocar conflitos internos entre o presidente e o vice-presidente e os ministros com o objetivo de enfraquecer a estrutura do governo", afirmou.
O presidente considerou as críticas de parte da comunidade internacional como resistências ao processo de mudança que promove no país, que %u201Cnão é uma tarefa fácil%u201D. De acordo com ele, suas metas são buscar a igualdade, a dignidade e a união para melhorar as condições de vida no país.